Seja depois da refeição, um snack ou um lanche mais doce, o açúcar costuma fazer parte do nosso dia a dia e mesmo quem não é fã acaba por ingeri-lo, às vezes sem saber. Sim, é verdade o açúcar consegue mesmo ser viciante e é ainda prejudicial à saúde.

Se falarmos sobre os seus malefícios, é possível que já esteja familiarizado com alguns deles:

- Aumento de peso;

- Contribuem para o risco de doenças cardiovasculares. Não só a ingestão de açúcar está quase sempre ligada a casos de obesidade e excesso de peso, como ainda contribui para o aumento da pressão arterial, dos triglicéridos e, consequentemente, para o risco de AVC;

- Aumenta o risco de cancro. As alimentações que têm regulamente ingestão de açúcar aumentar a inflamação no corpo e leva a uma maior resistência de insulina. Já são muitos os estudos que mostram como é que a alimentação está diretamente relacionada com o desenvolvimento de cancro. E o açúcar pode ser uma das causas;

- O consumo de açúcar tem ainda impacto nas emoções diárias. Sabia que o açúcar já foi correlacionado com algumas deficiências cognitivas, como problemas de memória, mas também a casos de saúde mental como ansiedade e depressão. Num estudo específico, foi concluído que as pessoas que consumiam mais 67 gramas de açúcar por dia tinham mais probabilidade de desenvolver uma depressão do que as que comiam menos de 40;

- Tem impacto visíveis na pele. Uma alimentação pouco variada e rica em açúcares pode mesmo acelerar o processo de envelhecimento da pele. A glicação faz com que se produzam moléculas AGEs, resultantes de açúcares e proteína presente no organismo, que conseguem danificar o colagénio e a elástica presente na pele. O resultado? Linhas finas e rugas cada vez mais cedo.

- Retira a energia. Já reparou alguma vez que quando faz uma refeição com alimentos processados (e, sim, estes também levam açúcar) se sente cansado ou sem energia pouco tempo depois? Possivelmente, ainda é capaz de sentir um pico de energia muito momentâneo, mas este não dura muito tempo. Isto acontece porque estes alimentos não têm substâncias como fibras e proteína, essenciais para o organismo, e o açúcar no sangue acaba por determinar os níveis de energia que irá sentir. É normal que depois acabe por ressentir estes efeitos.

Porém, vamos respirar fundo, porque nem tudo é mau. Antes de declarar guerra ao açúcar lembre-se que há, de facto, açúcares bons para a saúde, como é o caso da frutose, presente nas mais diversas frutas. É um açúcar natural que pode consumir todos os dias, sempre de forma controlada, claro.

Leia bem os rótulos que tem em casa. Aqueles que dizem “sem açúcares adicionados” são os que deve procurar. Refrigerantes, comidas congeladas, sobremesas ou gomas são exemplos de comidas que deve manter-se afastado.

Por outro lado, há ainda outras alternativas a ter em conta quando for ao supermercado — os chamados “produtos com baixo teor de açúcar”. O que são? São produtos com níveis muito mais baixos de açúcar do que os tradicionais, que muitas vezes utilizam ingredientes naturais com um sabor doce para as refeições do dia a dia.

É o caso do xarope de agave, xarope de tâmaras, manteigas de cacau, bebidas vegetais, farinhas, barritas e até mesmo chocolate.

Apostar numa alimentação com pouco açúcar ajuda a reduzir o colesterol, a inflamação, o risco de desenvolver diabetes tipo 2, a pressão arterial e a manter um peso saudável.