
SAÚDE vs DESPORTO: E TUDO O QUE ESTÁ ENTRE ELES!
SAÚDE vs DESPORTO: E TUDO O QUE ESTÁ ENTRE ELES!
É bastante comum
confundir aptidão física com saúde, uma vez que os dois estão, de certa forma, interligados. Na realidade, a aptidão física constitui uma grande parte de um
estilo de vida saudável. Antes de continuarmos, vamos dar um passo atrás e
perguntar-nos: O que é um estilo de vida saudável? Como podemos saber se
somos saudáveis, aptos, ambos ou nenhum dos dois?
O que é ser saudável?
Existe um padrão?
A saúde é definida pelo nosso estado físico, mental e social. É determinada pela genética, ambiente, relações que estabelecemos e educação. Deve fazer-se a distinção entre a saúde padrão e a saúde ideal.
Historicamente falando, a saúde tem sido padronizada como a ausência de doenças, concentrando-se principalmente nos temas relacionados com a obesidade, nas classificações de IMC e nas classificações de longevidade como um meio de medida. No entanto, uma abordagem mais recente à saúde ideal quantifica-a com uma elevada energia física e um elevado estado mental. Por outras palavras, até que ponto estamos verdadeiramente vivos e o nosso corpo e mente estão sincronizados? Pratica a meditação? De que forma é que isso lhe proporciona clareza mental, um melhor humor e uma imunidade reforçada?
Quando vive uma nova
experiência, o seu estado físico, mental e social são um só, pelo que é capaz
de evitar e recuperar de doenças/lesões muito rapidamente, gerir eficazmente o
stress, e envelhecer de forma agradável! Comer com base numa dieta saudável,
ser fisicamente ativo, gerir o seu peso e os seus níveis de stress são fatores
chave para determinar o seu bem-estar global. É fundamental notar que não
existe uma abordagem padrão para um estilo de vida saudável. Os padrões globais
de uma ótima saúde variam à medida que as últimas tendências e investigações de
bem-estar provam que a saúde é bastante subjetiva e relativa.
Então se a saúde é
subjetiva, como é que podemos tomar as decisões corretas diariamente?
Hoje em dia, a saúde é,
em grande parte, determinada pela nossa educação e consciência. O conhecimento
é poder e a grande maioria da população do mundo moderno tem sido mantida no
escuro quando se trata de viver de forma saudável. Isto deve-se em grande parte
a uma economia consumista globalizada e que está em constante crescimento e em
ritmo acelerado, a falsos meios de comunicação social que distorcem os temas e
a indústrias focadas no lucro. Os serviços de recolha e entrega de alimentos
tornaram o processo de decisão rápido e simples, pelo que devemos agradecer à tecnologia
por isso. Mas será que alguma vez parámos para perguntar quão variadas e
saudáveis são as opções que temos à disposição? Porque é que as crianças são
inundadas por bebidas açucaradas, cereais e pastelaria como dieta básica? Por
que razão não nos dizem, quando somos jovens, o significado de OGM, MSG e
aditivos? E, mais criticamente, porque é que perdemos 93% de variedade na nossa
alimentação a nível global? Se isto vos surpreende, vamos abordar o ingrediente
principal de cada salada: a alface. Em 1903, existiam cerca de 500 variedades
de alface. Em 1983, já só existiam 36. Hoje em dia, numa mercearia local,
encontraremos provavelmente apenas 4 tipos. O mesmo se aplica a todas as outras
famílias de legumes e frutas. E quais são as implicações disto para a nossa
saúde? Resumidamente, isto significa que manter uma dieta bem variada e rica em
nutrientes está a tornar-se mais desafiante à medida que continuamos a comer a
partir de uma variedade cada vez mais escassa de alimentos naturais e de
alimentos processados que constituem uma grande parte da nossa dieta. Mas não
se preocupe! Há uma luz ao fundo do túnel e, felizmente, devido aos ativistas
da saúde e defensores do bem-estar, há uma consciência crescente desta epidemia
de saúde e as marés estão a virar-se a nosso favor!
A aptidão física é
realmente importante?
Agora que estabelecemos
a noção de que a saúde é um estilo de vida em vez de um número à escala e um
raciocínio claro em vez de uma lista de alimentos consumíveis saudáveis nas
porções certas, passemos à importância da aptidão física. Não é surpresa que
uma das formas mais eficazes de manter um estilo de vida saudável é ser
fisicamente ativo. Contudo, isto está a revelar-se um verdadeiro desafio, dado
que a maior parte de um dia é habitualmente passado atrás de uma secretária num
trabalho sedentário, num ecrã azul enquanto nos sentamos num sofá ou no lugar
do condutor enquanto nos deslocamos no trânsito intenso. Tornou-se bastante
fácil e acessível monitorizar o nosso nível de atividade graças ao aumento de
dispositivos de localização, tais como os smart watches e o Fitbit, por
exemplo. Se se analisar estes resultados verificamos que, de facto, alguma
atividade é melhor do que nenhuma. No entanto, será que para uma parte
considerável da população, uma hora de atividade física, seja uma corrida
matinal, uma aula de yoga ou uma sessão de PT intensa se revela o suficiente
para compensar as restantes 23 horas inativas do dia?
Esta questão levanta um
tema interessante e que tem sido efetivamente esquecido: sim, trabalhamos para
queimar calorias, parecer bem fisicamente e evitar doenças. Mas mais importante
que isso, é necessário encarar a aptidão física como uma ferramenta para
aumentar a mobilidade física que o corpo necessita para garantir que não
perdemos a nossa amplitude de movimento (ROM) à medida que envelhecemos, e
ainda, para nos permitir realizar tarefas diárias sem lesões.
Quanto aos mais aptos
fisicamente, a aptidão física é considerada como uma ferramenta para ultrapassar
limites pessoais e alcançar novos níveis de desempenho e capacidades físicas e
mentais. O movimento funcional básico e o desempenho cardiovascular radical
encontram-se em duas extremidades diferentes da escala de aptidão física. Onde
quer que se encontre, é importante compreender que os nossos diferentes tipos
de corpo e predisposições significam que nem todos os treinos são adequados
para todos e que nenhum treino será adequado para o mesmo indivíduo ao longo da
sua vida.
Quando é que é uma boa
altura para começar?
A teoria de que se deve
primeiro perder qualquer excesso de peso antes de começar a trabalhar, de modo
a não aumentar ainda mais o volume, revela-se um equívoco bastante comum. A
verdade é que estar ativo acelera o processo de perda de gordura, ao mesmo
tempo que aumenta a massa muscular e a saúde cardiovascular.
Portanto, a resposta é
agora! Nunca é tarde demais para começar a fazer exercício físico. Não importa
a idade ou nível de desporto que já pratica, é possível encontrar um treino só
para cada pessoa. É aconselhável iniciar com um exercício mais básico e só
depois intensificar. Fazer pilates, por exemplo, ajuda a melhorar a sua força
do tronco e evitar desequilíbrios e assimetrias físicas
Como manter?
Seguir em simultâneo um
estilo de vida ativo e saudável requer algo em comum: a disciplina. Para quem
acha desafiante manter uma rotina, uma boa solução seria tornar a atividade
divertida e o objetivo exequível. Pesquisas recentes mostram que uma boa
técnica para criar hábitos saudáveis com sucesso é fazer uma pausa e celebrar
as pequenas vitórias ao longo do caminho. Programar a mente recompensando-se
por pequenas realizações, ajuda a reforçar de forma positiva os bons hábitos.
Assim, concluímos que a
saúde é uma viagem progressiva, onde a mudança não vai acontecer da noite para
o dia. Porém, com a consciência correta, uma mentalidade determinada, uma boa
dose de força de vontade, e um ambiente de apoio, a saúde e a boa forma física
podem ser alcançadas com sucesso, e provarão ser a sua maior riqueza!