É em novembro, no dia 1, que se celebra o Dia Mundial do Veganismo, um estilo de vida que vai muito além da alimentação e que se espalha por diferentes áreas na nossa rotina — falamos das escolhas do nosso vestuário, por exemplo, e da forma como olhamos para o tratamento animal, que inclui o uso de animais para entretenimento e para teste de medicamentos ou cosméticos.

O veganismo é um estilo de vida, mas é na alimentação que está o seu verdadeiro core. Uma alimentação deste tipo exclui qualquer ingrediente de origem animal e é baseada em alimentos dados pela terra.

Um dos grandes mitos associados à dieta vegan é que não consegue fornecer ao corpo todos os nutrientes necessários ao organismo. Isto não é verdade. O que pode fazer regulamente é estar atento aos nutrientes mais facilmente encontrados na dieta omnívora, como acontece com a vitamina B12.

Neste caso, os suplementos vitamínicos podem ser uma grande ajuda para quem carece desta vitamina. De resto, os elementos essenciais de uma alimentação equilibrada (proteína, fibra, hidratos de carbono e gorduras saudáveis) podem ser encontradas facilmente numa dieta vegan.

Este é um estilo de vida saudável, embora possa parecer difícil começar. “Com tantas opções de alimentos disponíveis (na verdade todas, excepto produtos de origem animal) é apenas preciso um pouco de curiosidade, motivação e criatividade, para que em poucas semanas ou meses, um recém-vegano pode tornar-se num verdadeiro chef e dar a conhecer pratos extremamente saudáveis e saborosos aos seus amigos e família”, lê-se no site da Associação Vegetariano Portuguesa.

Se seguir uma alimentação vegana com os ingredientes certos, consegue uma alimentação rica em potássio, magnésio, vitaminas A, C e E e antioxidantes. Entre os alimentos mais comuns, estão:

- Tofu

- Cogumelos

- Lentilhas

- Grãos

- Sementes

- Frutos secos

- Batatas

- Quinoa

- Seitan

Os benefícios para a saúde são variados! Porquê escolher uma alimentação vegana? Nós deixamos-lhe algumas razões:

- Menor risco de desenvolver cancro. Uma vez que os vegetais e frutas estão mais presentes no veganismo do que em outros estilos de alimentação, há, na verdade, menos probabilidade de desenvolver cancro. Um estudo desenvolvido em 2017, mostrou que os vegan têm 15% menos de risco de ter esta doença nos mais diversos orgãos: estômago, garganta, pulmão, cólon, próstata e pâncreas.

- Previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os números são reveladores: as pessoas com esta alimentação têm 75% menos probabilidade de terem uma pressão arterial elevada. Além disto, os níveis de açúcar também estabilizam e o colesterol diminui — dois elementos essenciais para uma saúde cardíaca forte.

- Ajuda a perder peso. Uma dieta vegan pode mesmo ser uma boa opção para quem tem excesso de peso. Acontece que as dietas que incluem carne, peixe ou que são semivegetarianas têm mais calorias e gorduras do que aquelas que só incluem vegetais, grãos, superalimentos e outros ingredientes.

- Tem um impacto na saúde mental. Já há estudos que mostram uma relação positiva entre uma alimentação à base de vegetais e fruta e a saúde mental. 32% dos participantes diagnosticados com depressão viram os sintomas significativamente reduzidos depois de 12 semanas a comer uma dieta vegetariana.

- O sistema imunitário melhora. O consumo regular de antioxidantes encontrados tipicamente em alimentos de uma alimentação vegan ajudam o organismo a neutralizar toxinas, provenientes de comida processada, vírus e até poluição. Os antioxidantes vão combater os chamados radicais livres e reduzir a inflamação.

- O sistema digestivo e intestinal melhoram. Os vegetais tão comumente consumidos na dieta vegan (couve, brócolos, batata doce, espargos, espinafres, cenouras ou grãos) estão repletos de fibras, um ingrediente essencial para o bom funcionamento de ambos estes sistemas.